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Projeto de Reforma e Acompanhamento de Obra

RESTAURANTE VEGANO - GREENSUSHI SP

  • Cliente: Restaurante GREENSUSHI SP

  • Área: 170m²

  • Localização: São Paulo, SP, Brasil

  • Status: Executado

  • Ano: 2020

Projeto publicado no site Archdaily Brasil:

https://www.archdaily.com.br/br/952961/restaurante-vegano-green-sushi-atelier-lab-arquitetura-sustentavel?ad_source=search&ad_medium=projects_tab

aLAB_GREEN SUSHI - PLANTA LAYOUT.jpg

ARQUITETURA E SUSTENTABILIDADE

O ponto de partida deste projeto de um Restaurante de Sushi Vegano foi a busca dos clientes por um escritório de arquitetura que estivesse alinhado com seu objetivo central: a sustentabilidade. Alguns conceitos centrais nortearam a criação do projeto arquitetônico, que por sua vez, norteou a criação da identidade visual da marca. Além da sustentabilidade, a simplicidade, o toque oriental, os elementos provenientes da terra e um estilo industrial intimista direcionaram tais criações.

Localizado em um dos pontos mais simbólicos da cidade de São Paulo, a Rua Oscar Freire, o restaurante de comida oriental vegana Green Sushi partiria de uma construção pré-existente, uma antiga galeria de arte, cuja transformação seria norteada por escolhas sustentáveis, funcionais, eficientes e que propiciassem bem-estar e saúde.

A sustentabilidade do projeto se apresenta ora em sua esfera técnica, ora em sua esfera humana. Isso porque além de adotar estratégias e ações decisivas de cunho ambientalmente responsável, como a escolha das materialidades com foco em uma economia de baixo carbono, o projeto também reflete como o espaço será utilizado pelo usuário de forma saudável, o que se evidencia no contato com áreas vegetadas e iluminação natural, trazendo à tona conceitos do design biofílico. Um bicicletário é proposto como incentivo a modos alternativos de deslocamento e dá início à reflexão sobre as gentilezas urbanas que tanto podem melhorar a vida nas cidades.

No primeiro contato com a fachada, um imponente jardim vertical propõe a mudança entre o espaço de uma cidade ainda cinza, e a experiência verde sugerida pelo Restaurante. Percebe-se então o deck metálico, que se sobrepõe ao piso com proposta permeável, onde a água excedente da irrigação do jardim vertical é infiltrada para continuação do ciclo da água. Coberto por um pergolado envidraçado que permite a entrada da iluminação natural, o deck pontua a transição entre o espaço público e o privado.

Janelas em malhas retangulares proporcionam um ar oriental, deixando passar uma luz natural filtrada em vãos originais, de modo a preservar a identidade histórica da fachada existente.

Adentrando o projeto, o programa se manifesta de forma setorizada. No pavimento superior foram concentrados os usos relacionados à serviços, como a cozinha e a área de funcionários, e, na parte frontal, um salão mais privativo com foco em pequenos eventos. Já no pavimento térreo são distribuídas as atividades relacionadas ao atendimento ao cliente.

Na releitura do espaço, com a demolição das paredes estruturais centralizadas no edifício, criou-se um impacto visual positivo e aumento do espaço percebido, marcando sua horizontalidade. Essa decisão propiciou o surgimento de um amplo salão, com melhor distribuição da luz natural disponível e maior flexibilidade de uso do ambiente. O salão abriga o balcão do sushibar, com a proposta de uma experiência mais próxima e humana, e os salões de jantar, definidos em 3 áreas com propostas distintas. Neste ponto destaca-se a estrutura metálica que surge como reforço às estruturas pré-existentes, ambas convivendo em um diálogo sutil, integradas por meio da pintura verde. A pintura descascada remete a constante transformação do velho no novo compondo cenários de experimentação.  No salão ao fundo, um segundo jardim vertical funciona como ponto de fuga na percepção do espaço.

 

A adoção de cores e tons que remetem aos elementos naturais materializa a intenção de uma reconexão com a terra, seja pelos verdes das pinturas e áreas vegetadas, seja pelo uso do tom terracota, que se destaca na serralheria e transcende para os assentos de lonas recicladas de caminhão. A escolha dessas duas cores marca um jogo interessante de convergência e divergência.  

O verde escuro trazido como cor de fundo nas paredes e forros possibilita o realce da vegetação suspensa que integra o espaço e acolhe o usuário. Espécies vegetais com capacidade de filtrar poluentes do ar foram selecionadas com o intuito de melhorar a qualidade do ar interno, proporcionando uma experiência de bem-estar e saúde aos clientes e integrantes da equipe.

 

O projeto foi concebido buscando soluções para a redução do carbono incorporado na construção. Escolhas como o amplo aproveitamento da estrutura pré-existente, a revitalização do madeiramento do telhado e assoalho de madeira, a concepção de todo mobiliário em compensado naval com madeira de reflorestamento e estofados de lona reciclada e o uso de tijolos de barro direcionaram o projeto neste caminho. O telhado pré-existente, comprometido com infiltrações e marcas de reformas anteriores, foi substituído por uma telha termoacústica, que por ser mais leve, possibilitou o aproveitamento da parte não comprometida do madeiramento.

 

A proposta de iluminação teve em vista diversificar as possibilidades de uso do espaço para completar a experiência. Lâmpadas LED dimerizáveis em circuitos setorizados integram os diferentes elementos do espaço enquanto garantem a redução na demanda de energia da edificação.

A impermeabilidade do solo existente deu lugar a melhores formas de gerir as águas pluviais no terreno. Calçadas em fulget drenante permitem a infiltração da água da chuva e reabastecimento do lençol freático enquanto reduzem o escoamento de água pluvial. Para aumentar a capacidade de retenção no terreno foram previstos reservatórios de água da chuva, de onde a água captada será aproveitada para os usos não potáveis do restaurante, como as descargas e irrigação dos jardins verticais. Tais estratégias contribuem para diminuir o risco de enchentes na cidade.

Fotos do projeto executado pela fotógrafa Chris Farhat.

FICHA TÉCNICA:

Arquiteta Responsável: Arq. Luciana A. Braga

Equipe de Projeto: Rafael Furlan, Maria Carolina Lima

Construtora: Tech Project

Revestimentos: Portobello, Gail

Marcenaria: Diego Schmidt Marcenaria

Estofados Lona Reciclada: Marcelo Affonseca Ferreira

Jardins Verticais: Miti Garden Paisagismo

Luminárias: Hunter Trade

Fotografias: Cris Farhat

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